O contrato de renovação com o Botafogo já está nas mãos de Oswaldo de Oliveira há algum tempo, mas a incerteza sobre o seu futuro aumenta a cada dia em que a novela se prolonga. Os últimos acontecimentos reforçam a tendência de enfraquecimento do seu poder diante da comissão técnica, vítima de uma reformulação drástica iniciada com o departamento médico, a psicóloga Maíra Ruas e o analista de desempenho Thiago Larghi.
Reuniões previstas entre o vice-presidente de futebol Chico Fonseca e o treinador já foram canceladas durante as férias, que serviriam para definir planejamento, nomes de reforços e possibilidades de mudança no atual elenco. Até agora, no campo, sequer a venda de Elkeson para o Guanghzou Evergrande, da China, se tornou oficial, apesar de todos os indícios de que já foi concretizada.
Com outras propostas, inclusive uma sondagem do Internacional, Oswaldo mantém sua vontade de ficar no Rio, mas começa a considerar estranho o movimento da diretoria neste momento. Ainda assim, não recebeu qualquer comunicação contrária à sua permanência e segue à espera do advogado Antônio Simões, que está no Japão, para entregar o novo contrato assinado.
A psicóloga em questão
A saída de Maíra Ruas foi a mais impactante com relação a Oswaldo. Ela havia se transformado em peça importante na manutenção do equilíbrio do treinador em suas atitudes dentro e, principalmente, fora de campo. Se fez presente até nas entrevistas coletivas para acompanhar as suas declarações e observar seu comportamento. Antes do treino, sempre conversavam em particular antes da atividade no campo.
Maíra ainda tinha bom trânsito com os jogadores, que respeitavam suas opiniões e a elogiavam sempre que possível. Ela começou no clube trabalhando nas categorias de base. A expectativa, agora, é de que a psicóloga Michelle Melhem seja promovida da base e faça o mesmo caminho de sua antecessora.